sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mania de Coulrofobia


Um nariz postiço e um sorriso omisso. Assim se faz a construção do nosso personagem que nos da passagem para o decadente odor de humor. Esse ser, na qual os outros entram no casulo verme, esse sai deste ainda verme. Construindo em si tudo aquilo que não vai indo, sendo o opúsculo de sua vida malograda que se eclipsa com um crepúsculo do sol com a terra. Um alcoólatra, um traumatizado na culatra, maníaco ocular, suicida bipolar, psicopata unipolar. Constrói a graça nos alicerces de sua desgraça, antecipa com teu canto o tempo da devassa. No seu corpo grotesco, encenando no teatro do burlesco, faz-se a a ante-sala do fim. Ele grita ao avesso que nele esta em sua essência travesso. Vem e berra: “Tudo erra!”. O resultado é a boca abrir e todos se põe a rir. Quando ninguém tiver valor se tem o humor. Isso tragicamente tem um horrendo fedor. São os profetas da modernidade, gritando a todos as verdadeiras metas. Mas todos apenas tomates atiram, sujando suas roupas escarlates. E no final, esse é nosso mal, é trágico, por isso é mágico, é cômico esse sorriso biônico. Estão todos nele de mão dadas: o tragicômico.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Perseguem, castrem, quem (não) tem

Marca na testa, não é a da besta. Perigo crônico, suicida biônico, vem a caminho de ti, no carrinho dos descaminhos, mas, ele já esta sem bobina. Otário e idiota, estar sem creolina, nadar como lagartixa espremida. Ele e a rainha virgem das prostitutas das esquinas vazias, com as vaginas secas arrancadas das virgens suicidas, viradas para o entardecer lunático do compasso-descompasso, louco insano e enfático infarto crepúsculo em parto. Corra! Eles vêm de bocarra aberta virada para tua camada de epiderme de verme. Se esconder e se escorrer põe-se a correr, em árticos mares que tem nascentes da loucura de um cego insano escritor de insônia e demências mentais loucas. Ando dançando como pássaro epilético, seco e caquético. Graciosos como corpos anoréxicos, atacadas nas coceiras em pernas de canseiras feitas de pó e madeira. Acordou na lavandeira. Cuida dessa atiradeira! A morte vem como uma lareira, atacada com álcool e muitas bombas caseiras a espera da vinda dos bombeiros, fazem as luzes atrás de ti, trazem sombras deles ali. Lá já estão, arar teu cérebro eles vão, para isso, pegar as picaretas nos celeiros da loucura e demência sem-tem reticência...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Piromania aguda

Desde pequeno, pegava os meus bonecos mortos e os queimava atento. Tudo era um tesão na tensão construção-desturição, amo assim, tocar e elas com o fogo iluminar. É como um Deus ter todos os teus elementos através de uma aniquilação fazer a criação. Ser como fogo, ter o fluxo de vir-a-ser, como um são e não-são. A violência das chamas, lhe hipnotizam e te chamam para o fim da tua inocência. Numa cadencia não concêntrica, vai levando tudo a uma decadência excêntrica. Venha queimação, dança como a femme fatale que com seu veneno da perdição, a todos leva na mesma canção, dos estalos no carvão. E todos, nadando nesse baile de cinzas, em poeira vão se melando da sua oração, por um profeta que o fim do Gehenna os prometa. Desejam por uma fênix, que saia dessas cinzas, mas o que lhes cai na cabeça são pedras de ônix. Oh! Fogo imortal! Circule correndo por todo esse mar de vermes em lamaçal. Faça a transformação, queime na alma de toda a potência da verdadeira ação. Tire-os da mediocridade, da espera em vão, desperte-os para realidade da destruição-construção.