terça-feira, 26 de outubro de 2010

Encontrando um amigo


Certo noite, enquanto caminhava num cemitério, observei um velho coveiro cadavérico. Observei o seu rastejar coxo vermiforme e lento. Uma pá que nas costas levava deixou-me curioso. Indaguei: "O que hoje o senhor faria?". Ele respondeu que um amigo encontraria. Outra noite, enquanto andava num cemitério, achei o mesmo velho coveiro cadavérico. Estava a cavar, algo difícil de calcular. Curioso, indaguei: "O que hoje o senhor faria?". Ele respondeu que ao cavar o peso das costas tiraria. Outra noite, enquanto andava num cemitério achei a pá do velho coveiro cadavérico. Desgastou-se de tanto utilizar. Logo não pestanejei e pus nas costas a antiga pá. Um homem por ali andava, começou a observar-me. Curioso ele indagou: "O que hoje o senhor faria?" Rapidamente eu respondi que um amigo encontraria.

8 comentários:

  1. Bom, muito bom... continua assim douglas
    Abraços meu querido

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  2. Adorei o texto, Douglas =]
    A repetição das palavras retrata bem a repetição da própria vida. Simples, mas tocante. Parabéns!

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  3. "O q hj faria?" ñ sei bem ao certo!!!

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  4. A véia debaixo da cama, a véia criava um coveiro...

    Muito bom! Cascudo que gostava dessas arrumaçoes.

    Abraço

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  5. uaaaaaaaaah douglas D8 nan sabia q vc escrevia assim =o tah pequeno e bastante legal!!!

    ps.: cíntia aqui

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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