sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Meio Feio

Enquanto a pé para casa voltava, uma coisa nova minha velha retina notava. No antiquário passei, e lá com o passado encontrei. O velho, o antigo, o ultrapassado, lá esta tudo sendo repassado. Todos os antepassados podem ser encontrados compassados. É a gênese do reencontro de genes. Com uma apoteose da memória que se faz a história. No altar dos museus, guarda os sonhos teus, e ódios meus. É uma saudade em ferrugem, pregada como um bucolismo de rabugem. Quanto mais velho esse ninho, mais valioso fica, são como vinho. Então, arrematado em leilão, ou roubados por um rico ladrão. O velho é amaro, mas, é caro.
O novo, não ta no povo, nasceu do ovo. Agora, nessa hora, em boa hora, surgiu, e o brilho tudo se iludiu. A corrida esquizofrênica, por essa nova mecânica. É valioso ter o primeiro segundo, ele é precioso. Capaz de todos passarem eternidade apartando Enter, para consegui-los nos templos do Shopping Center. É novo, é ousado, modelado, renovado, maquinário revolucionário. Fecha-se o elo, ambos têm o belo.
O problema com isto? Eu estou no meio disso. Um belo decaído num elo perdido. E você, também estar com isso. Num meio feio, perdido e encardido, no sem valor dos inválidos vencidos. Nossa dessemelhança? Eu já sabia, sou velho na lembrança; E tu corvo? Agora sabes, és novo.

3 comentários:

  1. hmm sao como vinho foi OOTIMA!!
    haha \m/

    podia ser o whisky tambem....que dispende seu tempo amadurecendo caprichosamente nos toneis de carvalho, sorvendo paulatinamente suas caracteristicas

    o velho e caro?? mas poe CARO nisso...
    sera que e pelo "valor sentimental" incluido nas memorias que acompanharam o objeto pelo tempo? que foram sendo aspiradas, anexadas e sugadas sendo um complemento inseparavel dele?

    a lembranca velha e praticamente sempre melhor e mais interessante que a nova..

    "a saudade do tempo que os anos nao trazem mais"

    quantos sao os pretenciosos que dizem q podem lhe tiram de tudo menos suas lembrancas?


    [mahuhaua a pe ruuuuuulezzzz!]

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  2. Involução... O velho, agora, é tipo como o novo!

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